Esse é o Achatina fulica , também conhecido como caramujo-gigante africano. Um bicho que acabou ficando famoso por um motivo nada bom: é a espécie vinda de outro país que mais causa danos ao meio ambiente e à agricultura do Brasil, além de ser um possível transmissor de doenças aos seres humanos.
Sua história
Tudo começou com o escargot , um molusco muito consumido em restaurantes caros. Há cerca de 20 anos, o Achatina fulica – espécie nativa africana – foi trazido, provavelmente da Indonésia, ao Brasil para servir como opção mais barata ao escargot , e muitos produtores começaram a criá-lo. Porém, quem consumia o escargot não passou a optar pelo outro molusco. Sem conseguir vender sua produção, as pessoas que criavam caramujo-gigante africano simplesmente começaram a jogá-lo no lixo, em terrenos baldios ou nos rios. Resultado: os depósitos de lixo ficaram infestados com o molusco, que também apareceu nas encostas dos rios e em locais próximos às cidades.
Sua alimentação
Sua alimentação é muito variada, o que facilita ainda mais sua proliferação. Ele se alimenta de quase tudo: flores, folhas, frutos, hortaliças e até de papelão.
Sua reprodução
Ele é capaz de colocar cerca de 600 ovos por ano, e, o pior, é assexuado. Ou seja: já que não tem sexo, todos os animais colocam ovos.
Habitat
Sua resistência vai do clima seco ao frio. Ele também não precisa de um ambiente específico para viver. Pode ser encontrado em locais de vegetação nativa, como florestas, caatingas e brejos, mas também em áreas cultivadas pelo ser humano, como hortas, pomares, quintais, jardins e até mesmo em terrenos baldios dentro das cidades.
Como indentificar
Se ligue nas listras marrons na concha do caramujo. Essa é a dica de que o molusco que você está vendo é mesmo um Achatina fulica , e não uma outra espécie qualquer.
Quais as doenças que ele transmite
O caramujo-gigante africano pode ser portador de diversos parasitas. Embora aqui no Brasil nenhum caso ainda tenha sido relatado, dois vermes já foram encontrados no Achatina fulica : o Angiostrongylus costaricensis e o Angiostrongylus cantonensis . O primeiro causa a doença conhecida como angiostrongilíase abdominal, que provoca fortes dores no abdome, febre, perda do apetite, vômitos, entre outros sintomas, podendo até mesmo levar à morte. Já o outro verme causa a meningite eosinofílica, ao instalar-se no sistema nervoso central do paciente, inflamando as meninges – membrana que envolve o cérebro e a espinha –, o que pode levar à morte.
Ps:. Acho que já bem brinquei com essas gracinhas! :/
Créditos: ciência hoje
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